Zenilda Ribeiro
Escrever é um ato libertador e uma forma de me reinventar.
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Quem dera
  Quem dera,
Nesses dias sombrios
Acalmar o teu coração
Afagar a tua alma
E te dizer: tenha calma.
Aquiete-se, respire, se inspire.

Quem dera,
Que minhas palavras pudessem
Chegar aos quatro cantos e fizessem
Um barulho tão grande
E um silêncio tão profundo
Tocando nos que não posso abraçar
Abraçando os que não posso tocar.

Quem dera,
Que a gente acordasse
E que alguém bem alto gritasse:
vem, tudo já passou.
O povo às ruas voltou
O amor entre nós se encarnou
E o mundo se humanizou

Não teremos mais o terror
Mas teremos de volta o temor
Não teremos mais a morte que assusta
Mas saberemos o quanto nos custa
A ganância e arrogância de muitos.
Que acreditam no poder e no ter
Mas uma epidemia não conseguem deter.

Zenilda Ribeiro - 21/03/2020.
Zenilda Ribeiro
Enviado por Zenilda Ribeiro em 30/04/2020
Alterado em 15/06/2020
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