À Língua Portuguesa
Hoje o dia é todo dela,
E cantá-la nos meus versos, bem quisera. Mas prefiro em meio a essa atmosfera Pedir uma chuva das suas palavras, as mais belas Que venham em nós florescer como a primavera Para a tristeza te peço com destreza, Molhar-nos as gotas de risos, que beleza. E pra dor? Ah, pra amenizar a dor quero a boniteza Dos gestos solidários, do carinho, das delicadezas Mas também quero a fé, para os momentos de incertezas. Para o medo que que aterroriza, que assola Quero gotas da amizade que ampara, que consola. Quero rostos sorridentes, sem paranoia. A nos chamar “vem, vamos embora” Já nos disse o artista que “quem sabe faz a hora”. Para a falta de amor e de perdão. Peço a volta da ternura, da compaixão. Atitudes tão necessárias à construção. De um mundo mais humano e sem divisão Com relações pautadas na cooperação.
Zenilda Ribeiro
Enviado por Zenilda Ribeiro em 05/05/2020
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