Zenilda Ribeiro
Escrever é um ato libertador e uma forma de me reinventar.
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Na madrugada
Fui por ele abandonada
em plena madrugada.
Vejam só que enrascada.
Situação bem delicada.

Pra não ficar zangada.
Tão pouco magoada.
Embarquei numa jornada.
Muito bem acompanhada.

Já não me sinto fatigada.
Tão pouco desamparada.
Estou até bem empolgada.
E também muito animada.

Meu amigo e camarada.
Já me deu as coordenadas.
Roubo-me até gargalhadas,  
Com narrativas bem boladas.
Personagens bem criadas.
Num Perfil bem retratadas.

Que situação engraçada.
Em plena madrugada.
Me sentindo descolada.
Ou talvez embriagada.
Estou sozinha e acordada.
Mas não me sinto entediada.

É que pra essas situações.
Não procuro discussões.
Muito menos murmurações .
Tão pouco lamentações.
Vou nas minhas coleções.
Alimentar as inquietações.

Sei, vai amanhecer.
Muitas coisas pra fazer.
E se o cansaço aparecer.
Paro pra me refazer.
É assim que tem que ser.
É assim que procuro viver.

Quando vem o inesperado.
Ninguém está preparado.
Ser flexível,  ponderado.
É o mais recomendado.
Pra não ser atropelado.
Nem viver angustiado.

Se o traçado sai da linha.
Aproveite as entrelinhas.
Se o poema saiu da rima.
Encontre outra, não se deprima.
Cave mais fundo na sua mina.
Continue sua obra-prima.

Se te deixei intrigado.
Expondo o meu abandono.
Calma, não fique preocupado.
Quem me abandonou foi o sono
Zenilda Ribeiro
Enviado por Zenilda Ribeiro em 11/06/2020
Alterado em 15/06/2020
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