Zenilda Ribeiro
Escrever é um ato libertador e uma forma de me reinventar.
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O barulho dos silêncios
Na minha vida sempre busquei.
Momentos de recolhimento.
Pra compreender os sentimentos.
Lidar com os contratempos.
Quando o que tinha em mente.
Não saiu como sonhei.

Também sempre me incomodou
Os barulhos intermitentes.
Ruídos e sons estridentes.
Que poluem o ambiente
Perturbando a minha mente.
Causando fadiga e dor.

Hoje o que me incomoda.
É um silêncio torturador.
Que vem dos gritos de dor.
Que eu nem cheguei a ouvir.
Mas que daqui posso sentir.
Mais de 41 mil mortes.
No Brasil até  agora.

O silêncio dos que calam.
E quando falam, destilam ódio.
O silêncio dos que lutam.
E que morrem na labuta.
Numa injusta disputa.
Em seus plantões,  suas escalas.

Esses silêncios gritam.
Permeiam a nossa mente.
O silêncio de tanta gente.
Que morreu tão de repente.
Enterradas apressadamente.
Se tornam barulhos que ficam.
Zenilda Ribeiro
Enviado por Zenilda Ribeiro em 13/06/2020
Alterado em 22/06/2020
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