Zenilda Ribeiro
Escrever é um ato libertador e uma forma de me reinventar.
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Quando os pés cansam
Estrada longa.
Terrenos pedregosos.
O que se busca ainda está longe.
Os pés começam a cansar.
Dói uma dor que vai na alma.
Mas alma segue, não para.

Depois de iniciado o caminho.
Pisando em pedras ou espinhos.
Não se pode recuar.
Talvez voltar nos canse mais.
Talvez numa curva à frente.
Eu encontre de repente.
Um abrigo onde repousar.

Mas é preciso seguir e ousar.
Acreditar, imaginar, sonhar.
Respiro, olho pra trás.
Contemplando o percurso.
Vejo que tropecei,  caí.
Mas em todas as vezes.
De novo levantei, me reergui.
Vejo vitórias,  também derrotas.
Mas tenho que seguir a rota.
Sem desviar da proposta.

Enxugar a lágrima que insiste.
De vez em quando em cair.
E se assim como a lágrima.
Eu escorregar e cair.
Vou levantar e insistir.
Olhar para os céus e ajuda pedir.

Em desistir até já pensei.
Mas o caminho me chama.
Dentro de mim há uma chama.
Uma força que me impulsiona.
E mesmo quando os pés cansam.
Essa força me levanta.
É a força que vem da fé.
E como disse Gil.
"A fé não costuma faiá".
Com as forças renovadas.
Prossigo meu caminhar.
Zenilda Ribeiro
Enviado por Zenilda Ribeiro em 07/07/2020
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