Zenilda Ribeiro
Escrever é um ato libertador e uma forma de me reinventar.
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Essa poesia

Ah, essa poesia,
que me assedia,
que me contagia,
fica noite e dia,
feito uma melodia,
e faz melhor o meu dia.

Ah, essa poesia,
que nem quero escrever,
mas insiste em aparecer,
revira o meu ser,
querendo dizer,
o que quero esquecer.

Onde está essa poesia?
De onde vem essa poesia?

Ah, essa poesia,
vem da vida que pulsa,
da morte que assusta.
Vem da dor escondida,
da angústia sentida,
da lágrima contida.

Ah, essa poesia,
que posso escutar,
no pássaro a cantar,
na flor a desabrochar,
nas emoções a recordar,
na gratidão de aqui estar.

Ah, essa poesia,
que posso sentir,
na Palavra que leio,
na Palavra que creio,
na luz que me veio,
iluminar meus anseios.


Ah, essa poesia,
meus dias embala,
da cozinha até a sala,
na correria que intercala
numa mocinha que fala,
e na saudade que entala.

Ah, essa poesia,
que quero sentir,
que quero falar,
que quero viver,
que quero escrever,
que quero espalhar.
Zenilda Ribeiro
Enviado por Zenilda Ribeiro em 30/07/2020
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