Como escrevo?
Minha escrita não é fina, por vezes cheia rimas, outras, desafina, revela meus desatinos, ou momentos de mimos, talvez ela expresse emoções que reprimo, mas nos versos exprimo e imprimo. Por vezes, parece obra-prima, mas sempre sai da linha, e diz nas entrelinhas, impressões minhas, da vida, da morte, do hoje, do ontem, no agora inquietante. Percepções de uma viajante, sempre na janela, a olhar a paisagem e o que ela revela. Nas passagens tristes, reflito, medito, se for preciso, grito. Nas alegres, me demoro, exploro cada cor, cada espaço, cada flor, me refaço, refresco alma e coração, deixo a emoção, e a intuição, guiarem minha mão. É a salvação, própria da escrita, que salva e liberta, o que escreve, e por tabela, o que na escrita também se insere: o leitor. Zenilda Ribeiro
Enviado por Zenilda Ribeiro em 18/08/2020
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |