Poema culposo
Fui escrevendo Pra relaxar Foi aparecendo Mais um poema Roubando Minha madrugada Uma palavra Puxando outra Um verso Puxando outro Ganhando corpo Sem métrica Sem rima Sem intenção De ser poema Um poema culposo Espantou meu sono Sem intenção De me acordar Também não tinha Pretensão de ser lido Foi apenas Sendo escrito Pra extravasar A poesia Que me habita Que embala Meu sono E meu despertar Estou a investigar Quem foi o culpado Por mais esse crime O poema Ou a poesia? Acho que esses Passarinhos Com seu cantar Melodia divina Sempre a me encantar. Zenilda Ribeiro
Enviado por Zenilda Ribeiro em 10/11/2020
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