Ampulheta da existência
Repetem aos quatro ventos "Tempo é dinheiro" E seguem num aperreio Com o tempo ficando escasso Caminhando para o colapso Mas tempo não é dinheiro Tempo é vida E a vida está no tempo O tempo todo gritando Pedindo pra ser vivida Escorrendo como areia Na ampulheta da existência E quando menos se pensa O sol já está se pondo E põe diante de nós As urgências e demandas E mais um dia termina E lá dentro a vida pulsa Mas não pode ser ouvida Tanto barulho que há Do lado de fora E do lado de dentro E vida não é sentida Porque dizem aos quatro ventos Que "tempo é dinheiro". Zenilda Ribeiro
Enviado por Zenilda Ribeiro em 24/01/2021
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