Zenilda Ribeiro
Escrever é um ato libertador e uma forma de me reinventar.
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Há braços

Aperta, mas não dói
Enlaça, sem prender
Começa nos olhos,
Estende-se pelos braços
Afeta o corpo inteiro
Porque nos abraços
Há braços abertos
Há corpos entregues
Há mãos que se tocam
Há almas que se encontram
Que ofertam acalanto
Que acolhem nos ombros o pranto
Que confortam nos desencantos
Se há palavras?
Nem sempre.
Mas os abraços silenciosos
Sempre falam bem mais.
Porque nos abraços
Os corações se conectam
Tão pertinho que ficam
Rompem a pele
Transportam-se
Um para dentro do outro
E do outro sente a dor
E o amor que nas artérias pulsa.
E pulsa junto
No mesmo ritmo
Ou ofertando um novo ritmo
Porque no coração
Também há braços
Que abraçam
Mesmo de longe
Mesmo sem toque.
Zenilda Ribeiro
Enviado por Zenilda Ribeiro em 22/05/2021
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