Zenilda Ribeiro
Escrever é um ato libertador e uma forma de me reinventar.
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No princípio
No princípio, tudo se fez,
pela Palavra que ecoava:
"Haja!" – e o mundo nasceu,
o caos ganhou forma,
a luz e a escuridão,
encontraram seu espaço.

O Criador, em Sua sabedoria,
quis que a palavra
saísse do ato solitário.
Quis o poder do encontro.
E então soou: "Façamos."
E da Palavra plural, nasceu a humanidade,
moldada no barro e no sopro divino.

O tempo trouxe distância,
as divisões se fizerem presente,
a criação começou a se perder
nos caminhos e descaminhos.
E para refazer o sentido,
a Palavra assumiu outro tom,
outra categoria, não mais o verbo,
mas o advérbio, de afirmação.
E de uma mulher ressoou um "Sim,"
esse pequeno vocábulo,
grande em sentido e significação.

E do SIM nasceu o verbo
que tornou-se carne,
envolto em panos,
deitado em uma manjedoura,
em terras de fuga e resistência.

Era uma criança, frágil,
mas sua fragilidade iluminava.
Veio para inverter a ordem,
para dizer que o poder está no serviço,
que o amor,  que é substantivo,
também é verbo.
Palavra viva, que falava com gestos,
tocava os intocáveis,
abraçava os rejeitados,
e iluminava a terra com sua luz.

E a palavra continua em sua busca,
por um lugar onde se abrigar,
em meio às cinzas, à fumaça, ao terror
E a palavra segue ecoando,  iluminando,
mesmo quando não acolhida.
Que a Palavra se revele em nós,
em nosso agir, em nosso falar,
e que a Luz continue a iluminar os caminhos,
fazendo do amor o verbo maior.
Zenilda Ribeiro
Enviado por Zenilda Ribeiro em 25/12/2024
Alterado em 25/12/2024
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